A artrose engloba vários subtipos. É o caso da rizartrose, que afeta a articulação do polegar com o punho, mais especificamente a que liga o osso chamado trapézio (punho) ao primeiro dos três ossos do dedo, este chamado de metacárpico ou metacarpiano.
A função desta articulação é de mobilidade e preensão do polegar com os demais dedos. A doença age lentamente destruindo essa articulação.
Quem pode ter?
Diferentes motivos podem levar uma pessoa a desenvolver rizartrose, como a predisposição familiar (genética) e o desgaste natural da idade. Embora todas as pessoas possam desenvolver a doença, mulheres com mais de quarenta anos possuem predisposição.
A ação do tempo é um dos principais fatores que contribuem com o desgaste articular, sumariamente por conta das lesões por esforço e/ou movimentos repetitivos. Traumatismos causados por acidentes que lesionem os ligamentos ou fraturem o polegar podem contribuir com a piora da rizartrose.
Sintomas
O principal sintoma é a dor na região da base do polegar. Ela pode ser bem intensa ao movimentar o dedo, como durante atividades que envolvem abrir portas ou rodar fechaduras. Caso essas atividades não sejam interrompidas, os sintomas avançam a ponto de ter inflamações que podem tornar o polegar rígido e deformado.
A dor pode ser influenciada pelas oscilações climáticas, e a doença pode acontecer em ambos os polegares. Vale salientar que outras doenças podem provocar a rizartrose, como artrite reumatoide, gota e infecções.
Diagnóstico
A rizartrose pode ser diagnosticada durante a consulta clínica, já que ela é bem característica. No entanto, para avaliar o impacto articular é necessário fazer uma radiografia. Por isso a importância de passar por consulta com um ortopedista especialista em mãos.
Tratamento
O tratamento varia de caso para caso, sendo que vai depender da intensidade da dor e do grau de impacto. A opção menos invasiva é colocar uma tala que imobilize o polegar. Ela deve ser usada por cerca de cinco semanas. Pode ser adicionado ao tratamento o uso de medicamentos anti-inflamatórios, mas dependendo dos sintomas, injeções de cortisona podem ser aplicadas, pois reduzem dor e inflamação.
Caso o tratamento conservador não funcione, o médico pode recomendar a cirurgia.
Há várias técnicas, indicadas conforme o caso, desde a remoção do trapézio, até mesmo a colocação de uma prótese ou um enxerto tendinoso.
O pós-operatório visa recuperar os movimentos no dedo e a força do polegar. Assim como outros tipos de artrose, a rizartrose não tem cura, mas o tratamento visa cessar a dor, frear o avanço e estabilizar o quadro.